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Anfavea revê para baixo estimativa de produção

Queda das exportações e alta nas importações motivaram revisão O crescimento da produção foi revisto para baixo, de 6,1% para 4,9% Encerrada a primeira metade do ano, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), decidiu rever suas projeções para 2024, feitas no final do ano passado. A maior revisão foi nas exportações, que tinham expectativa de alta de 0,7%, mas agora têm projeção de recuo de 20,8%. Essa queda considerável nas exportações, somada à alta desenfreada nas importações, faz com que a produção deixe de crescer no mesmo ritmo do mercado interno. Assim, o crescimento da produção foi revisto para baixo, de 6,1% para 4,9%. Entre janeiro e junho 165,3 mil veículos deixaram o país, uma queda de 28,3% sobre o mesmo período de 2023. É o pior resultado desde 2009, excetuado 2020, auge da pandemia. A produção acumulada no primeiro semestre foi de 1,1 milhão de unidades, volume apenas 0,5% superior ao do ano passado. “Se os emplacamentos de importados e as exportações do primeiro semestre de 2024 tivessem sido iguais aos volumes registrados no mesmo período de 2023, o aumento da produção seria de 11%, o que dá uma dimensão do desafio que precisamos enfrentar”, compara Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea. O setor de pesados tem motivos para festejar esta primeira etapa do ano. Caminhões fecharam o semestre com elevação de 36,5% na produção e 8% nas vendas, recuperando patamares normais já neste segundo ano de Proconve P8. Já os ônibus cresceram 53,8% em produção e caíram 21,8% em vendas. As feiras LatBus, em agosto, e Fenatran, em novembro, animam o setor e projetam um segundo semestre melhor em vendas, especialmente para ônibus. As vendas internas são por ora o indicador mais positivo do setor automotivo. Este foi o melhor junho desde 2019 em emplacamentos, e teve a maior média diária deste ano, com 10.715 unidades, volume bem próximo ao que se verificava antes da pandemia. No acumulado do ano, foram 1,1 milhão de veículos emplacados, uma significativa elevação de 14,4% sobre o primeiro semestre de 2023. Esse bom ritmo fez a Anfavea rever para cima as projeções de vendas no ano, de 6,1% para 10,9%, para um volume de 2,5 milhões de unidades. A questão é que boa parte desse crescimento vem sendo absorvida por veículos importados, em especial da China. Aumento desenfreado das importações No primeiro semestre o Brasil teve quase 200 mil emplacamentos de modelos importados, 38% a mais do que no mesmo período do ano passado. Dessas 54,1 unidades a mais, os veículos de origem chinesa representaram 78% do total, com alta de 449% sobre o primeiro semestre de 2023. “Temos o imposto de importação mais baixo para modelos elétricos de origem chinesa no planeta, entre os países produtores, o que serve de atrativo para a importação acima de um saudável patamar de equilíbrio. Isso vem prejudicando nossa produção e ameaçando nossos investimentos e empregos. Por isso a demanda urgente da elevação do imposto de importação para 35%, como ocorre com outros importados. E que seria um patamar relativamente baixo frente ao de outros mercados importantes”, explica o presidente da Anfavea. Lima Leite também atacou a proposta de incluir automóveis e comerciais leves no imposto seletivo, dentro da reforma tributária. “Os contribuintes brasileiros já pagam impostos além da conta e não faz sentido pagar mais caro por um ar mais poluído. O imposto seletivo foi concebido com o objetivo de reduzir o consumo de produtos considerados nocivos à saúde e ao meio ambiente. Ao adotar a medida, iremos na contramão, dificultando o acesso a modelos menos poluentes e mais seguros, e retardando de forma temerária e renovação da frota nacional”, reiterou.

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Sucesso marca Seminário Nacional de Agrimensura

Especialistas, técnicos industriais, dirigentes e convidados debatem as atualizações sobre governança de terras, gestão territorial, legislação, registro eletrônico de imóveis e normas técnicas Atualizações sobre governança de terras, gestão territorial, legislação, registro eletrônico de imóveis e normas técnicas marcaram o primeiro dia do Seminário Nacional de Agrimensura. O evento, promovido pelo Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT), com apoio do Conselho Regional dos Técnicos Industriais da 1ª Região (CRT-01) e Sindicato dos Técnicos Industriais do Estado de Goiás (Sintec-GO), reúne especialistas, técnicos industriais, dirigentes e conselheiros federais e regionais do Sistema CFT/CRTs. A programação iniciou nesta quinta-feira (4), em Goiânia (GO), e se estende até sábado (6). Durante os três dias de programação são ministradas palestras e realizados debates que evidenciam o protagonismo dos técnicos industriais na governança fundiária. Governança de terras Os trabalhos iniciaram com palestra do professor Richard Martins Torsiano. O especialista internacional em governança e administração de terras subiu ao palco ao lado do conselheiro federal Giuliano Ferreira Coelho (MT), e elogiou a iniciativa do CFT em promover o evento Torsiano ressaltou que a expertise técnica é indispensável para produtores rurais, agricultores familiares e empresas que buscam regularidade fundiária, registral e ambiental de imóveis rurais, além da segurança jurídica nas transações de terras. Desafios e possibilidades Evandro Zanini, mestre e doutorando em desenvolvimento regional e conselheiro regional suplente do Conselheiro Regional dos Técnicos Industriais da 4ª Região (CRT-04), falou sobre os desafios e possibilidades da gestão territorial. Segundo o especialista, “temos um grande desafio de compreender a importância das políticas públicas de gestão do território que é instrumentalizada por técnicos industriais e resulta em direitos civis. Além disto, as grandes dificuldades produzidas ao longo do tempo necessitam de solução por meio a interlocução entre das instituições com papel fundamental dos conselhos dos técnicos industriais”. Painel e palestras Na parte da tarde o Seminário Nacional de Agrimensura tratou sobre cadastro geral e registro de imóveis por meio do novo sistema de gestão fundiária. Os painelistas convidados foram o engenheiro Kilder José Barbosa e o geógrafo Thiago Marra. Os trabalhos foram mediados pelo presidente do CRT-01, Marcelo Martins Guimarães e Silva. O encerramento dos trabalhos contou com palestra do oficial registrador e vice-presidente do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil, José de Almatéia Barbosa. O último palestrante do dia foi o professor Lino de Araújo, que falou sobre as atualizações normativas aplicadas à atuação do técnico em agrimensura. A palestra foi mediada pelo conselheiro federal, Luiz Antônio Tomaz de Lima (PR) Serviço O Seminário Nacional de Agrimensura prossegue nesta sexta-feira (5), a partir das 9h da manhã. No final do dia será lida a “Carta de Goiânia”. Texto e fotos: Antonio Grzybowski. Revisão Rafael Elias Passos O post Sucesso marca Seminário Nacional de Agrimensura apareceu primeiro em CFT :: Conselho Federal dos Técnicos Industriais.

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Indústria tem queda intensa em maio no Rio Grande do Sul

IDI-RS mostra retração de 11,8% em relação a abril A calamidade climática que atingiu o Rio Grande do Sul provocou forte impacto no setor industrial em maio A calamidade climática que atingiu o Rio Grande do Sul provocou forte impacto no setor industrial em maio. É o que revela a pesquisa do Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs): caiu 11,8% em relação a abril, na segunda maior baixa mensal da série iniciada em 2003, muito próximo do recorde negativo de 12% obtido em abril de 2020. “A dimensão histórica dos resultados negativos dos Indicadores Industriais deve-se à severidade das enchentes em diversas regiões, que atingiram, total ou parcialmente, direta ou indiretamente, as operações das empresas com perdas de estoques, danos em máquinas, equipamentos e instalações, além dos impactos na logística, fornecedores e funcionários”, afirma o presidente da Fiergs, Gilberto Petry. Parte do resultado negativo se explica também pela base alta de abril, que havia crescido 3,5% ante março. O desempenho negativo de maio, porém, é compatível com outros grandes choques do passado: março de 2020 (-10,8%, com a pandemia de Covid-19), maio de 2018 (-7,3%, com a greve dos caminhoneiros) e novembro de 2008 (-11,5%, com a crise financeira global). Com isso, a atividade industrial em maio de 2024, medida pelo IDI-RS, atingiu o menor patamar desde agosto de 2020. Petry lembra, porém, que a incerteza cada vez maior nos rumos da política econômica já vinha dificultando as atividades no setor, pela falta de ações mais concretas do governo com relação aos problemas fiscais, o que interrompeu o ciclo de redução dos juros e pode desestimular os investimentos. “Nesse contexto, as perspectivas para os próximos meses, acompanhando os esforços de reconstrução, são de recuperação lenta, sujeita a oscilações, assim como em outros choques do passado”, diz. A expressiva contração da atividade industrial do Rio Grande do Sul entre abril e maio refletiu os desempenhos das compras industriais e do faturamento real, que recuaram, respectivamente, 30,2%, queda recorde, e 19,3%. As horas trabalhadas na produção caíram 2,1% e a utilização da capacidade instalada (UCI) baixou 5,2 pontos percentuais, para 76,2%, enquanto o emprego ficou estável (-0,1%) e a massa salaria real cresceu (0,5%). Em relação a maio de 2023, os resultados também foram bastante negativos. A contração do IDI-RS foi de 11,8%, a maior baixa desde maio de 2020, impactado pelas compras industriais, que reduziram 33,8%, e pelo faturamento real (-16%). Entre os segmentos, as maiores influências vieram de máquinas e equipamentos, retração de 28,8%, couros e calçados (-14%) e químicos, derivados petróleo e biocombustíveis (-18,9%).

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