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Marcopolo Rail amplia capacidade produtiva

Unidade de negócio investe em modernização e tecnologia O novo pavilhão atende às normas internacionais com fluxo mais ergonômico e eficiente, o que trouxe agilidade na movimentação de componentes e materiais A Marcopolo Rail, especializada no desenvolvimento e produção de novos modais sobre trilhos, ampliou sua capacidade produtiva com uma nova estrutura de 2.600 metros quadrados de área total, em Caxias do Sul (RS). No espaço, serão produzidos veículos 100% nacionais de forma integral, que vão atender às diferentes demandas por transportes ferroviário de passageiros no Brasil e na América Latina, além de contar com a possibilidade de desenvolver projetos com parceiros estratégicos em serviços de modernização de veículos. Entre os modelos que serão fabricados pela unidade está o recém-apresentado ao mercado: o Prosper VLT Hybrid. A companhia não revelou o valor do investimento na expansão e a capacidade produtiva da planta. “O veículo híbrido é voltado para o transporte urbano e intercidades, combinando a eficiência dos motores diesel e elétrico com baterias. O que proporciona melhor desempenho e autonomia na operação, além de reduzir as emissões de CO2“, destaca Petras Amaral Santos, gerente executivo da unidade de negócio. A ampliação da estrutura fabril deve melhorar a competitividade da unidade. O novo pavilhão atende às normas internacionais com fluxo mais ergonômico e eficiente, o que trouxe agilidade na movimentação de componentes e materiais e, consequentemente, aumento da produtividade. Para a criação do novo espaço, foram feitos investimentos em infraestrutura, com novas máquinas e equipamentos, novos gabaritos e pontes rolantes, além de uma área de armazenagem e logística própria. Atualmente, entre os projetos em produção pela Marcopolo Rail, estão os modelos People Movers e o fornecimento de três unidades Diesel Multiple Units, DMUs, com dois carros cada do modelo Prosper, à Empresa de los Ferrocarriles del Estado – EFE Trenes de Chile, empresa pública responsável pela gestão da rede ferroviária do país. A Marcopolo Rail investirá também na formação de equipes de engenharia para atuar no desenvolvimento de projetos para o segmento ferroviário. A iniciativa permite que a companhia esteja preparada para desenvolver veículos personalizados, de acordo com os diferentes desafios do setor de transporte sobre trilhos no país. “Com as novas instalações e equipes qualificadas, vamos desenvolver produtos da mais alta qualidade e ainda temos condições de nos aliar a parceiros estratégicos consagrados no mercado. Podemos dizer que estamos prontos para acompanhar o crescimento do setor, no Brasil e no exterior, tornando o Brasil uma referência em soluções em mobilidade”, conclui Santos.

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Leite pede ao governo programa para manutenção de empregos no RS

Queda na arrecadação de receitas pode chegar a R$ 10 bilhões até o final deste ano O Rio Grande do Sul enfrenta o pior desastre climático da sua história e vem trabalhando na recuperação de estruturas após as enchentes que afetaram 476 dos 497 municípios O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a criação de um programa de manutenção do emprego e renda para os trabalhadores do Rio Grande do Sul, além do apoio da União na recomposição de receitas do estado e dos municípios gaúchos. O Rio Grande do Sul enfrenta o pior desastre climático da sua história e vem trabalhando na recuperação de estruturas após as enchentes que afetaram 476 dos 497 municípios do estado e deixaram 172 mortos. “Algumas sinalizações de apoio encaminhadas [pelo governo federal] são importantes, operações de crédito, de recursos para as pessoas diretamente, as sinalizações feitas em relação às moradias. São todas muito importantes, mas insisto que esses dois pontos são cruciais. Sem esses dois pontos nós vamos ter ainda muitas dificuldades”, disse o governador. Leite foi recebido por Lula no Palácio do Planalto, junto com outros governadores, após evento alusivo ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Nesta quinta-feira (6), o presidente fará sua quarta viagem ao Rio Grande do Sul para acompanhar os trabalhos de recuperação no Vale do Taquari. O governador do estado fará parte da comitiva que embarcará no avião presidencial. Segundo ele, Lula se comprometeu a analisar as propostas apresentadas. Leite explicou que o programa voltado aos trabalhadores e empresas privadas poderia ser similar ao Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (Bem), instituído durante a pandemia de covid-19. Na ocasião, o governo federal ofereceu uma parcela do seguro-desemprego em troca da redução do salário e suspensão ou redução da jornada de trabalho. “É essencial para as empresas que foram afetadas pelas enchentes, assim como foi feito na pandemia, o governo pagar parte dos salários e ter uma possibilidade de redução de jornada momentaneamente, até que a gente consiga superar esse momento”, disse, lembrando que, diferente da pandemia, os empresários também perderam bens e ativos. “[O objetivo] é evitar demissões em massa nas localidades que foram mais atingidas. E foram muitas localidades e localidades muito adensadas como a região metropolitana de Porto Alegre, por exemplo, que tem centros logísticos e indústrias, que teve seu parque fabril totalmente afetado, que não vai conseguir voltar nos próximos meses. Então, não adianta a gente oferecer o crédito de um lado e sabendo que vai levar muito tempo para poder restabelecer um parque fabril e de outro lado não tem algum programa para manutenção de emprego e renda”, explicou o governador. Segundo ele, o formato do programa é “menos relevante”, mas é importante que seja feito, “respeitando a forma como este governo vê este assunto”. “Infelizmente, a gente pode estar diante de muitas demissões que seriam evitáveis”, ressaltou. Queda na arrecadação Já a queda na arrecadação de receitas do Rio Grande do Sul e dos municípios afetados pode chegar a R$ 10 bilhões até o final deste ano, de acordo com o governador. “Isso precisaria ser suportado pela União, como foi na pandemia, porque é o ente que tem capacidade, porque pode emitir dívida, porque tem fôlego financeiro para atender essas necessidades”, disse Leite, explicando que a proposta é ter um mecanismo que possa ser aplicado a outros entes da federação que enfrentarem situações de calamidade. A principal fonte de recursos de estados, repartidos com municípios, é o Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS), que é impactado diretamente pela atividade produtiva. O governador contou que os cofres do estado ainda têm reservas para pagamento de salários de servidores, por exemplo, “no curtíssimo prazo”, mas que elas têm uma limitação. “Se nós não tivermos essa recomposição de receitas sim, o estado ou vai se ver em condições de voltar até atrás dos salários no futuro, ou ele vai ter que comprimir muito os investimentos e a capacidade de prestação de serviços, o que vai punir a população de outra forma que a gente não deseja”, afirmou Leite. Ele explicou ainda que os recursos economizados com a suspensão da dívida da União com o estado serão canalizados para a reconstrução do Rio Grande do Sul. “Eu tenho um fundo constituído, para a reconstrução, com recursos da suspensão da dívida, mas, de outro lado, na minha arrecadação, eu vou ter uma queda forte que vai me atrapalhar a prestação de serviços e em outros investimentos do estado que são também importantes”, disse. “O poder público está sendo chamado, a gente está tendo que contratar mais policiais, que pagar mais horas extras, os municípios estão tendo que gastar em limpeza e reconstrução e estão vendo as suas receitas despencarem. Então, se não tiver esse apoio, esse socorro, vai ficar muito difícil a retomada para o Rio Grande do Sul”, acrescentou. O governador participou da cerimônia ao Dia do Meio Ambiente, no Palácio do Planalto, a convite da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. Ele contou que vem dialogando sobre a participação no ministério no comitê científico que vai atuar na reconstrução do estado. “Estamos pedindo a contribuição de novos especialistas, de tudo que a gente possa ter de aproveitamento da academia e de especialistas, que nos ajudem, orientem a reconstrução para o melhor do estado, respeitando o meio ambiente, construindo resiliência para enfrentar as mudanças climáticas”, disse Leite. “A ministra Marina Silva me convidou para estar aqui hoje. O Rio Grande do Sul, sem dúvida nenhuma, é hoje um símbolo, uma demonstração do quanto é importante a gente ter a compreensão do que está acontecendo em relação ao clima”, acrescentou. Com ABR

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