Comportamento é impacto da tragédia que acontece no Rio Grande do Sul
Os resultados setoriais do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de maio começam a mostrar os primeiros impactos das enchentes no Rio Grande do Sul na confiança total da região Sul: o índice de confiança na região caiu de 50,9 pontos para 47,4 pontos. Assim, o indicador cruzou a linha divisória de 50 pontos que separa a confiança da falta de confiança na pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Nas outras regiões, a confiança aumentou. Os maiores avanços aconteceram no Norte, de 52,6 pontos para 56,5 pontos; e no Nordeste, de 54,9 pontos para 56,1 pontos. No Centro-Oeste, o indicador passou de 53,7 para 54,3 pontos e no Sudeste a confiança da indústria ficou praticamente estável, com aumento de apenas 0,2 ponto (50,6 pontos). “Era sabido que a confiança da região Sul seria bastante afetada pela tragédia que começou no final de abril. Por outro lado, indústrias dos outros estados mantêm a confiança”, explica o gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
Em maio, a confiança da indústria avançou em 14 de 29 setores e caiu nos 15 setores restantes. Apesar disso, 19 setores ainda estão acima da linha divisória de 50 pontos. Três setores da indústria fizeram a transição da falta de confiança para a confiança: perfumaria, limpeza e higiene pessoal; serviços especializados para a construção; e máquinas e equipamentos. Já os setores de equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos; e calçados e suas partes fizeram a transição contrária de confiança para falta de confiança. Quando analisada a confiança das indústrias por porte, houve certa estabilidade. O índice das médias empresas industriais avançou de 50,7 pontos para 51 pontos e o das grandes indústrias recuou de 53,8 pontos para 53,5 pontos. O índice das pequenas indústrias variou pouco e manteve-se próximo à linha divisória, ao registrar 49,9 pontos em maio.