Com a nova planta em Ponta Grossa, quatro em cada dez cervejas produzidas no país terão malte produzido no Paraná na composição
Foi inaugurada nesta quinta-feira (6), em Ponta Grossa, a Maltaria Campos Gerais, localizada próximo ao limite com o município de Carambeí. A planta, fruto de um investimento de R$ 1,6 bilhão das cooperativas Agrária, Frísia, Castrolanda, Capal, Bom Jesus e Coopagrícola, terá capacidade para produzir 280 mil toneladas de malte por ano. O empreendimento deve gerar cerca de 130 empregos diretos e mais de 3 mil indiretos, além de ampliar a produção de cevada no Paraná, que já é o maior produtor nacional do grão. Com a inauguração da maltaria, quatro em cada dez cervejas produzidas no país terão malte produzido no Paraná na sua composição. O Brasil ainda não é autossuficiente em malte, o que indica que boa parte do ingrediente que é utilizado pela indústria cervejeira ainda é importado. Com a nova fábrica, há tendência de diminuição de custos para o consumidor brasileiro. Segundo Adam Stammer, presidente da Cooperativa Agrária, que capitaneia o empreendimento, a unidade deve responder sozinha por 15% do malte utilizado pela indústria cervejeira brasileira somente nesta primeira etapa. As cooperativas preveem ainda dobrar o tamanho do empreendimento nos próximos anos.
“Se a demanda por cerveja subir conforme projetado, nós temos o compromisso de ampliar essa fábrica e dobrar a produção. Quando a segunda etapa se concretizar, teremos a maior maltaria do mundo localizada em uma única área”, explicou Stammer. “Juntas, as seis cooperativas têm 13 mil associados. A ideia é trabalhar com esses produtores para fomentar a produção de cevada no Paraná, dando um salto também em pesquisa e desenvolvimento de novas cultivares”, contou. Ponta Grossa já conta com plantas de duas gigantes do ramo (Ambev e Heineken), que também ampliaram recentemente as suas unidades. As duas empresas serão as principais clientes da indústria. Além disso, a Agrária também está construindo uma nova maltaria em Guarapuava para a produção de maltes especiais, num investimento de R$ 500 milhões junto com a empresa alemã Ireks.